A oficina de sonoplastia fez muito barulho com a criançada da Prezideu Amorim (tu dum pisss!)

por Fernando Zorzal

Preparei a oficina de sonoplastia pensando no conceito de paisagem sonora, ou seja, refletindo sobre o universo de sons que rodeiam o dia a dia de nossas vidas. Para os adolescentes, busquei mostrar os detalhes sonoros no mundo da música e da canção e como aplicamos este conhecimento com outros assuntos. Foi discutido aspectos do som como timbre, elementos musicais e sua relação com temáticas diversas. 

Fernando Zorzal conversa com o 5º ano A sobre o universo dos sons que rodeiam nosso cotidiano.

Porque a Marcha Fúnebre de Frédéric Chopin tem essa ideia de velório? Temos a tradição de utilizar essa música para identificarmos este momento triste, mas existem características sonoras que nos levaram a isso. Por exemplo, a Marcha tem um andamento muito parecido com um cortejo-procissão de um funeral e uma melodia triste, condizente com o sentimento de quem enterra seus amigos e familiares.

Ademir, Duana Peixoto, Mônica Cutódio, Magalli Souza Lima

e Fernando Zorzal

A partir dessa reflexão, pudemos perceber a importância que a escolha adequada do BG musical tem para uma locução radiofônica. Foi introduzido o conceito de jingle e spot, e iniciamos uma atividade de elaboração de spot fictício para uma padaria do bairro, sem muito interesse pelos alunos.

Nessa oficina, xs adolescentes aprenderam sobre a importância do BG e os conceitos de jingle e spot. Na foto, Ademir e Mariana.

Para os pequeninos do 5 ano, tivemos uma reflexão sobre o enredo da novela “O “Auto da Compadecida”. Esta atividade teve como intuito servir de ponte entre a conceituação e a gravação da novela.

Buscamos discutir o ambiente onde o enredo se desenrola através da conceituação dos seguintes parâmetros: contextos histórico, geográfico, ambiental e cultural. Bem, a dificuldade maior foi frear a criançada com qualquer descoberta sonora que vinha a boca, mas acho que o saldo foi positivo.

Após pensarmos em quais sons utilizaríamos, chegou a vez de discutir como faríamos. Aqui utilizei como exemplo o vídeo de um artista “Foley”, um sonoplasta do cinema atual, que tem a função de recriar em estúdio os efeitos sonoros das cenas cinematrográficas.

Este vídeo foi fundamental para se ter uma noção da criação e execução do artista dentro do estúdio. Assim, fizemos uma breve lista de materiais necessários e os devidos “sonoplastas mirins” que atuariam nas gravações.