quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A despedida de Ítalo Galiza II


Jamille Ghil e Ítalo Galiza
Como não poderia deixar de ser, o programa de ontem foi emocionante. Após mais de 3 anos de Vice Verso, Ítalo Galiza deixa o programa e parte para o mundo em busca de novos sonhos! Entre algumas lágrimas e vozes embargadas, os apresentadores fizeram a tragetória poética e musical deles e contaram as histórias desse sonho de aproximar mais a poesia do cotidiano das pessoas, utilizando o rádio.

Equipe: Gabriel Pinheiro, Ítalo Galiza, Jamille Ghil e Raquel Lemos

E se você perdeu esse momento de tantas emoções (Eh Robertão!), é só ir ao www.programaviceverso.com.br, clicar no link Podcast e escutar!

Mais fotinhas....
 Nós e Carolina Ruas, comentarista de cinema do Vice Verso

Últim vez


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A despedida de Ítalo Galiza


Amanhã vai ao ar, ao vivo, o último programa da temporada 2011 do Vice Verso. Mas ele vem com gosto de despedida, porque também será o último programa em que eu, Ítalo Galiza, terei o prazer, quase terapêutico, de apresentar o programa que, durante três anos e uns quebrados (contando com a época do Bandejão 104.7), me acompanhou intensamente e, por que não, virou parte de mim. "Sabe o Ítalo, aquele do Programa Vice Verso?". Pois é. Foi uma das experiências mais transformadoras da minha vida e que levarei pra sempre cada aprendizado diário, como uma faculdade. Ah sim, a Rádio Universitária FM foi minha faculdade também. Lá, eu aprendi que é possível mudar um pouquinho o mundo com um programa de rádio. E que força tem o rádio. Aquele sonho juvenil que começou em 2008, chega ao fim de 2011 maduro. Sonho meu e da minha parceira e amiga Jamille Ghil. Quanta história, né? E quantos desafios, quantos reconhecimentos.

Vou-me embora pra Pasárgada.

Obrigado Rosane Zanotti por abraçar a ideia de dois jovens, obrigado Leonardo Lopes por acreditar que a tal ideia poderia render novos frutos, obrigado Marcelo Zumerle por ter me apresentado a Jamille, obrigado Erly Vieira Jr. por estar sempre por perto para qualquer apoio, obrigado Raquel e Gabriel pelo trabalho em equipe. Obrigado Jamille Ghil por ter aparecido no meu caminho. Fora tantas outras pessoas...a lista é grande.

Tantas entrevistas...Arnaldo Antunes, Jards Macalé, Zé Celso Martinez, José Wisnik, Elisa Lucinda, Viviane Mosé, Milson Henriques, tantos novos poetas, tantas novas bandas...a lista também é grande.

Vou-me embora.

Mas deixo claro que a minha despedida foi uma escolha. E que não foi pensada da noite para o dia. Saio feliz, com o sentimento de missão cumprida. E com o grande fôlego de seguir em frente, com fome de novas ideias e projetos. É pra isso que a gente vive, certo? Ou pelo menos deveria.

Saio de cena para fechar um ciclo. Mas o show não pode parar. E não vai. Ano que vem o Vice Verso volta com tudo. Sem Ítalo Galiza, mas com Jamille Ghil e toda sua energia criativa que me fizeram sempre pensar: "Por que não?". O Vice Verso será sempre o meu filho querido, o primogênito.

E com esse filho aprendi a mover o mundo. E vice-versa.

Vou-me.

Quem me acompanha?

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Vice Verso Nelson Cavaquinho

“Tire seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor”

No Programa Vice Verso desta quarta, uma homenagem ao ano de centenário do poeta do samba, o mestre Nelson Cavaquinho. Nascido a 28 de outubro de 1911, esse carioca se destacou como instrumentista, poeta e, sobretudo, pelo requinte de suas harmonias. No outro estúdio, recebemos o professor de história da música popular brasileira, Alexandre Araújo (Fames), que conversou um pouquinho conosco sobre a obra de Nelson Cavaquinho. Já no quadro 5 minutos, Moysés Nascimento comentou o espetáculo solo de dança-teatro, Sonata para despertar, com atuação da atriz Renata Portela. Pra fechar, o coletivo Los Conquistadores del Nada convocando o povo capixaba para um samba diferente no famoso Bar da Zilda (centro de Vitória), no próximo sábado (17). O evento promete muita poesia,  música, exposições e ensaio do bloco de carnaval Pouco Amor Não é Amor!

Perdeu o programa? É fácil: www.programaviceverso.com.br, clicar em PODCAST e escutar!

Poema: Vinícius de Morais -  Poetica I
Música: Nelson Cavaquinho – Notícia
Música:Paulinho da viola – Meu mundo é hoje (errata: composição de wilson Batista)
Música:João Bosco - História de um valente
Poema: Manuel Bandeira – Morte absoluta
Música: Nora Ney - Quando eu me chamar saudade
Música:Elis Regina - Folhas Secas( Ensaio  MPB )
Poema: Paulo Autran - Acrobata da Dor  (Cruz e Souza)
Música: Dalva de Oliveira – Palhaço
Música: Arnaldo Antunes – Juízo final


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Vice Verso Grande Sertão: Veredas



"No real da vida, as coisas acabam com menos formato, nem acabam. Melhor assim. Pelejar por exato, dá erro contra a gente. Não se queira. Viver é muito perigoso...”  Riobaldo, em Grande Sertão: Veredas

No Vice Verso dessa quarta, uma playlist especial em homenagem à obra Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. No quadro 5 Minutos, nosso comentarista de literatura contemporânea, Marcos Ramos, falou sobre a atualização da personagrem trágica, em Grande Sertão: Veredas.

Para escutar o programa, vá ao www.programaviceverso.com.br, clique no link Podcast e aprecie sem moderação.

MARIA BETHÂNIA - GRANDE SERTÃO: VEREDAS
ELIS REGINA – TRAVESSIA
José Mindlin - Encontro de Riobaldo com o Menino  
Antônio Cândido - Canção do Siruiz
Lenine -  Amor é pra quem ama
Nhambuzim -  Passagem para o Nada
Davi Arriguicci Jr. - O pacto das veredas
Maria Bethânia - Cigarro De Palha-Boiadeiro - texto de Guimarães Rosa


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Vice Verso Noite da Libertação Poética!


Na Noite da Libertação Poética desta quarta, o Vice Verso promoveu mais um daqueles encontros inusitados que acabam rendendo um bom caldo! De um lado o carteiro poeta Adiel Silva Santos, do outro o músico & compositor Zé Moreira. O que esses dois têm em comum além da poesia? Cada um, à sua maneira, assumiu o papel  de entregar ao mundo mensagens vestidas de beleza e simplicidade. E já que entramos no clima das cartas de amor, ainda demos uma forcinha pra um ouvinte apaixonado pela namorada, mas você só saberá dos detalhes dessa declaração de amor escutando o programa, né?

Ah!E claro, tivemos aqueles 5 minutos preciosos com a comentarista Carolina Ruas, discutindo a circulação cinematográfica. (Ah!)² Marcos Ramos, nosso comentarista de literatura contemporânea, também deu uma passadinha por aqui pra falar do lançamento de seu primeiro livro de poemas, intutulado Um corpo que se escreve Pedra. 

Ufa! Programa recheado! Não escutou ou quer escutar novamente? Seja qual for a resposta, basta ir ao www.programaviceverso.com.br, clicar no link Podcast e apreciar sem moderação!

Segue a playlist:

Zé Moreira e Robertinho Silva – Rapsódia em andorinha
Ná Ozetti - Mensagem
João Cabral de Melo Neto - Psicologia da composição
Milton Nascimento e Lô Borges – Resposta
Zé Moreira – Xote do motorista

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

5 minutos com João Paulo Oleare - Karol Conká e o racismo fenotípico

A última edição do 5 minutos veio com estreia. O nosso novo comentarista musical é o jornalista e radialista João Paulo Oleare, apresentador e produtor do Clube da Boa Música, ao ar toda terça-feira, às 20h, também na rádio Universitária FM 104.7. Em seu primeiro comentário, falou sobre a música "Marias", da rapper curitibana Karol Conká (foto); e associou os versos da canção ao que o professor de antropologia José Jorge de Carvalho denominou em um de seus ensaios de "racismo fenotípico".

Ouça:



O quadro 5 minutos vai ao ar toda quarta-feira, ao vivo, no Programa Vice Verso, a partir das 20h, na Rádio Universitária FM 104.7.

Ouça a música "Marias", de Karol Conká:


Para ler o texto "Racismo fenotípico e estéticas da segunda pele", de José Jorge de Carvalho, clique aqui.

João Paulo Gomes Oleare é estudante de Jornalismo, radialista e pesquisador de música e cibercultura. Apresenta e produz o programa Clube da Boa Música, na Universitária FM 104.7. 

Fale com ele:
jpaulo_oleare@hotmail.com

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Vice Verso Consciência negra



“As Mães levantam as fotos dos filhos e o dia treme
 perto do mais longo instante e o horizonte
 que sempre fez sonhadores e os amantes
 fica coberto de camisas com vestígios de vida.”

  Adriano Botelho de Vasconcelos

No mês da consciência negra, o Programa Vice Verso não poderia deixar de celebrar a Mãe África com muita música e poesia! Tivemos o prazer de receber em nossos estúdios a Profª. Drª. Jurema Oliveira, uma grande estudiosa da literatura africana de expressão portuguesa, falando sobre a poesia angolana, suas transgressões e afirmações dentro de um contexto histórico marcado por muitos conflitos. Também recebemos uma atração internacional, diretamente de Angola e do Programa AfroDiáspora, o compositor Bill Lebens dando uma palhinha ao vivo. No quadro 5 minutos, a estreia de nosso novo comentarista de música João Paulo Oleare.  

Perdeu o programa? Dê uma passadinha no www.programaviceverso.com.br, clique em PodCast e aprecie sem moderação!

Nara Leão – Palmares
Arena Canta Zumbi - A Mão Livre dos Negros
Criolo Doido – Cálice
Elza Soares – A carne
Elisa Lucinda - Mulata exportação
Chico Buarque – Sinhá
Caetano Veloso e Maria Bethânia – Navio Negreiro (Poema de Castro Alves)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

5 minutos com Moisés Nascimento - Sobre o Teatro do Oprimido

O Teatro do Oprimido, criado pelo diretor, dramaturgo e ensaísta brasileiro Augusto Boal (foto), foi o tema do 5 minutos da última semana. O comentarista Moisés Nascimento fala sobre a proposta teórica dessa linguagem cênica, bem como seus pressupostos políticos e estéticos. 

Ouça:




O quadro 5 minutos é exibido toda quarta-feira, ao vivo, dentro do Programa Vice Verso, de 20 as 21h, na rádio Universitária FM 104.7. Ouça pelo site.


Moisés Nascimento faz seu comentário ao pé da letra:

Fundado pelo diretor, dramaturgo, ensaísta e teatrólogo Augusto Boal, nos anos 1970, o Teatro do Oprimido (TO) é fruto das experiências de vida (e opressão) que o seu fundador vivenciou durante o seu tempo de exílio – de 1971 a 1986, ano em que volta para o Rio de Janeiro e cria o Centro de Teatro do Oprimido, que já possui 25 anos de militância cênica – e foi escrito a partir de experimentações reais nos países por onde passou: Argentina (percorrendo vários países da América Latina), Portugal e Paris.

Já bastante evidente no nome, o Teatro do Oprimido busca pensar o teatro dentro do âmbito político. Para Boal, “todo teatro é necessariamente político”, e os que pretendem separá-lo da política, assim faz a partir de uma atitude de despolitização – e, portanto, atitude política – a serviço dos interesses dominantes. Colocando-se historicamente como pós-Brecht, o Teatro do Oprimido busca destruir “todas as barreiras” cênicas criadas pelas classes dominantes, construindo uma estética teatral cujo compromisso principal é o “apoio do teatro à luta dos oprimidos”.

Como isso se dá? Primeiramente, é quebrada a barreira que separa atores e espectadores. Todos devem representar, todos devem encenar – este é o lema do Teatro do Oprimido. Se o teatro contemporâneo, de certa forma, busca extinguir a ideia da “Quarta Parede” – parede invisível, que separa o palco da plateia – na estética do Oprimido, o público é convidado a intervir na cena, a ser parte do espetáculo, a transformar a realidade. Outra barreira demolida pela TO é o total rompimento com as hierarquias dramáticas que pensam o teatro dividido em protagonista, antagonista, figurantes, personagem secundário, etc. No TO, todos devem ser, ao mesmo tempo, protagonistas, figurantes; ou seja, uma total quebra dos pressupostos cênicos em evidência desde as definições aristotélicas. 

Atualmente, busca-se pensar uma Estética do Oprimido, não mais limitada ao teatro, mas também militando em outras vertentes estéticas, tais como a música, a poesia, a dança, a literatura... Mas, tradicionalmente, o Teatro do Oprimido ficou conhecido a partir de seis linguagens dramáticas (e políticas): o Teatro-Imagem, o Teatro-Jornal, o Arco-Íris do Desejo, o Teatro Fórum, o Teatro Invisível e o Teatro Legislativo.

O Teatro-Imagem parte de uma definição da arte como “busca de verdades através dos nossos aparelhos sensoriais”. O corpo, as fisionomias, objetos, distâncias e cores são usados com o objetivo de romper ao máximo o simbolismo que envolve o signo linguístico. A “palavra” não é utilizada - não porque a neguem (pelo contrário, a reverenciam!), mas porque ela “traz consigo a obliteração dos sentidos, a atrofia de outras percepções”. O uso do corpo tem o intuito de ampliar a visão sinalética do espectador, fazendo com que, por exemplo, a visão de um sorriso no rosto fale mais do que a escrita, a palavra “sorriso”. 

Já o Teatro-Jornal, criado no início dos anos 1970, no Teatro Arena, consiste em “doze técnicas de transformação de textos jornalísticos em cenas teatrais”. A partir da combinação de Imagens e Palavras dos textos de jornais, a encenação visa revelar como os periódicos se utilizam das técnicas de ficção para ocultar, revelar e manipular a informação. O intuito é desmistificar “a pretensa imparcialidade dos meios de comunicação”. 

O Arco-Íris do Desejo é conhecido como “Método Boal de Teatro e Terapia”, consiste num conjunto de técnicas terapêuticas, segundo Boal “técnicas introspectivas” que, “usando Palavras e, sobretudo, Imagens, permite a teatralização de opressões introjetadas”. O objetivo é se valer do teatro em estudos de casos onde os opressores foram internalizados, habitando a cabeça do oprimido. Uma das técnicas principais, O Policial na Cabeça, “mostra que, se ele existe, de algum quartel veio”. Ou seja, o problema, por mais interno que esteja, possui sempre uma raiz na vida social que precisa ser diagnosticada e tratada. 

O Teatro Fórum é a mais popular das técnicas do TO. Conhecida pelo seu caráter democrático, a técnica Fórum tem uma peculiaridade: os espectadores, chamados de Spect-atores, “são convidados a entrar em cena, e, ao atuando teatralmente e não apenas usando a palavra, revelar seus pensamentos, desejos e estratégias que podem sugerir, ao grupo ao qual pertencem, um leque de alternativas possíveis por eles próprios inventadas”. É nessa ambiência que Boal teoriza um dos lemas mais fortes do TO: “o teatro deve ser um ensaio para a ação na vida real, e não um fim em si mesmo”. 

O Teatro Invísivel consiste em ações realizadas teatralmente, mas que não são reveladas ao público, que, obviamente, não está ciente da sua condição de espectador. O intuito é provocar a “interpenetração da ficção na realidade e da realidade na ficção”. Como no Teatro Fórum, todos os que participam da cena podem intervir e propor soluções. A diferença é o não anúncio do espetáculo, a não ciência da população. E também não há um objetivo final linear esperado: os resultados da invisibilidade falarão por si. 

Por último, e visivelmente permeado pelo cunho político-progressivo, o Teatro Legislativo é um conjunto de ações que misturam as técnicas do Teatro Fórum e os rituais convencionais de uma Câmara ou Assembleia, “com o objetivo de se chegar à formulação de Projetos de Lei coerentes e viáveis”. E o caminho final da encenação é este mesmo: levar as demandas retiradas para as Casas de Leis e exigir que os políticos de verdade acatem os pedidos da população. 

Como se vê, Augusto Boal abomina a arte como algo meramente substancial, deleite e fruição estética. A arte só tem importância no Teatro do Oprimido quando assume o papel de agente de transformação social. Boal afirma: “Tenho sincero respeito por aqueles artistas que dedicam suas vidas exclusivamente à sua arte – é seu direito ou condição! – mas prefiro aqueles que dedicam sua arte à vida”. 

Ou seja, o teatro aqui, à semelhança do quadro soviético posterior aos primeiros anos da revolução, é o de total engajamento. Assim falou Lênin a respeito da obra de Tolstoi, e que, a meu ver, parece ser um lema de Augusto Boal: “se estamos diante de um artista verdadeiramente grande, ele deve refletir, em suas obras, ao menos alguns aspectos essenciais da revolução”. 

E Boal não nega isso. Dois meses antes do seu falecimento, na ocasião em que foi condecorado Embaixador Mundial do Teatro pela UNESCO, Boal afirmou na sua mensagem:  

“Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!”

É isso.

Pra saber mais sobre o Teatro do Oprimido, clique aqui.



Moisés Nascimento é graduado e Mestrando em Letras pela UFES. Compositor, músico e professor de literatura. Atualmente é colaborador do Portal Yah! com do blog Fragmentos na Ribalta.

fale com ele: moyseshoots@gmail.com



domingo, 20 de novembro de 2011

5 minutos com Marcos Ramos - O amor em "Grande Sertão: Veredas"

No Programa Vice Verso do dia 9 de novembro, o quadro 5 minutos trouxe o comentarista de Literatura Marcos Ramos para falar sobre o amor em um dos mais importantes livros da literatura brasileira. Escrito em 1956, "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa (foto), continua instigando pensamentos e reflexões. Ouça:



Marcos Ramos é editor da Água da Palavra – Revista de Literatura e Teorias, poeta e pesquisador.

Fale com ele:
e-mail:
marcos@marcosramos.com.br